sexta-feira, 30 de abril de 2010

Em meio a pedras e concretos


Rios e céu no passado tão anis

De seus azuis naturais

O verde de florestas belas

Nos imensos horizontes tropicais

Não vejo mais!

Chega a noite e me entristeço

E não vejo as estrelas que costumava ver

Cadê a majestosa lua que vive a se esconder

Se bem que não é ela que se esconde.

Nosso devorador astro natural

Que consome as trevas

Iluminando nossa noturna terra.

É seqüestrado todas as noites

Tampando nossa contemplação.

Conseqüência da atmosfera cinzenta

De toda essa poluição.

Obra do idolatrado progresso tecnológico

Desenvolvendo, indústrias,

economias e agronegócio

Roubando e destruindo

os verdes purificadores florestais,

os mares e grandes rios que revitalizam

as variadas espécies existenciais.

Não se vêem mais amarelos das secas folhas

Que caem em gloriosas estações de outono

De chaminés fabris, veículos e queimadas de florestas

Se vêm aumentar o dióxido de carbono

São as principais causas

do global aquecimento

Reduzindo assim nossas vidas,

progresso e desenvolvimento.

Onde tudo fora lindo e natural

Hoje não há paz, nem beleza

Nesse mundo de momentânea

Satisfação consumista artificial.

O homem é seu próprio predador animal

Destruidor de grandes riquezas de modo irracional.

Rios grandiosos, nesse espaço territorial,

transformados em hidrelétricas, suprindo de energia

esse povo descomunal.

Povo que cresce dia após dia e negando de maneira contundente, o valor da natureza.

Não enxergam no verde, amarelo, azul e outras cores nativas seu poder e riqueza.

Extraindo, madeira, minérios, transpondo rios, construindo estradas, sumindo com as entranhas de nossas matas.

Nasci e vivo nessa imensa selva de pedra e concreto.

Porém sempre ouço ditado frondoso

Que mais são ensinamentos de amigo saudoso,

Caboclo Pena Branca de descendência da tribo dos Tupinambás

Das muitas terras que aqui passaram disso já ouvi falar.

Manifesta-se a defender,

reivindicando os interesses de nativos

e pelo verde combater, clama a Ogum e Oxossi em Humaitá,

e todas as entidades das matas recorre a avisar.

Alerta o desmatamento das florestas,

Do ar e a extração do sangue da mãe terra no mar.

Que acabam com ecossistema e biodiversidade em que tudo há.

Bom conversar, bom lembrar,

dos verdadeiros moradores destas bandas.

Eles sim a natureza sabiam respeitar.

Salve a todos os índios que nessa terra tiveram a honra de habitar e preservar.

Infelizmente a preservação da natureza virou burocracia e monopólio do Sistema, que mais reprime e segrega os verdadeiros donos

e agora poucos que restam nestas terras,

mas façamos nossa parte, pois o mínimo é a grande arte.

Em minha reflexão em meio a pedras e concretos.

sábado, 24 de abril de 2010

Salvem a Palestina


Sinopse do

Sionismo

Síntese do cinismo

Subjugando qualquer

Sincretismo

Simetria dos ismos

Sionismo, judaísmo, extremismo

Simboliza judia e extermina

Singulariza

Situacionismo de

Similares ações repressivas

Simpatia narcisista

Sentencial

Sessão de

Sentinelas

Sem

Sentimentos

Sitiando a inexistente

Soberania Palestina

Soberba

Sua

Supremacia de

Sentenciar

Sanguinários massacres

Simulando escolhidos ainda

Simulacro de nação

Sistematizando

Sinédrio

Sobrecarregando dor

Sionismo

Soez

Sintoma de

Síndrome

Sintetizando e

Simpatizando com a

Segregação

Sofismo antiquado

Sociedade

Sobretudo

Sem

Serenidade

Sobressaltados

São os Palestinos

Sem reação

Sujeitos em

Socorro

Sobrepujados o povo

Sofrimento das guerras

Sobressai esse

Sistema

Soer

Sofisticação do poder

Sanguinário, e eu

Soldado

Solidário com

Siso em

Salientar e

Solicitar

Salvem a Palestina.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Diálogo


Tudo bem, até existe algo em comum;

A vida até que é parecida,

Mas num to aqui pra defendê os comunista,

Menos ainda os capitalista,

Posso até tê umas idéia socialista,

Mas to cansado de discurso, sabe moço?

Ouvi falá até de revolução,

Mas o povo num tem feito nada;

Ai é querê colhe fruto de árvore que num foi plantada.

Já do outro lado a coisa tá difícil, mas tem muita gente que ainda dá risada,

Mas moço, como se ri da própria desgraça?

Isso também num tá certo não!

Eu to no meio de tudo isso, sabe moço?

Tentando fazê minha parte;

Talvez um dia alguém entenda minha arte e meu modo de vivê,

Mas sabe de uma coisa moço?

To preferindo ficá quietinho,

Observando tudinho,

Pra que possa ao invés de falá, fazê,

Pra ao invés de criticá, consegui somá,

Pra num vivê de discurso e me contradizê.

É meu Sr. de suas palavras,

Eu num discordo.

Aquilo que disse;

Muito me importo,

Mas veja

As atitudes?

Tu já tem tomado!

Sua arte e seu modo de vivê, são ações

Que pra você pode até não parecê!

E se alia a esses homi ai, que só qué o podê

É erro grave, e muita gente tem errado.

Erro em segui a idéia dos outros,

e seus interesse já pré-determinado.

E quando o povo fala em revolução meu Sr.

Tu ta certo!

Estão dando murro em ponta de faca.

Então continue observando tudinho, como eu também estou.

Não recrimino as diversas culturas do povo não,

E isso não é me contradizê,

Eu diria que é tenta entendê

o que tão querendo que a gente pense!

E observando o enredo dessa jogada,

To seguindo até discursando e debatendo,

Mas sem esquece de faze, de continua agindo.

Pra somá com aqueles que com esforço na mesma caminhada estão seguindo.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

(PROJECIONISMO)

Me ver sentar no fim de uma sala,

no chato de minha ignóbil consciência

na clareza de minha sólida ilusão,

penso eu, e faz logo a diferença

nessa chusma em comunhão.

Fazeis eu, certo?

E nos passos, de individuo errado?

Quanto embaraço!

Monótono meu dia a dia,

Meus problemas,

são meras conseqüências

de atitudes tomadas,

que por vezes cometo em vão.

Sem pensar, ou melhor, escolher e analisar,

Como seria eventual solução?

Idiota eu seria,

se não me alertar-me em socorro,

para minha própria proteção.

Apreciando-me nesse estado depressivo,

me refugiando no inconsciente,

em que busco um grito, surtado

e surdo ao pé de meu ouvido,

escuto sussurros

em emocionantes lamentações!

Vou chorar, mas

Lagrimas não escorrem,

nessa humilhante situação.

Mahatma Gandhi


“A única revolução possível é dentro de nós” Não é possível libertar um povo, sem antes, livrar-se da escravidão de si mesmo. Sem esta, qualquer outra será insignificante, efêmera e ilusória, quando não um retrocesso. Cada pessoa tem sua caminhada própria. Faça o melhor que puder. Seja o melhor que puder. O resultado virá na mesma proporção de seu esforço. Compreenda que, se não veio, cumpre a você (a mim e a todos) modificar suas (nossas) técnicas, visões, verdades, etc. Nossa caminhada somente termina no túmulo. Ou até mesmo além…

Cárcere da alma

O poder da palavra

A ilusão que nos abraça

O reflexo de nosso eu

A verdade que nos regaça

Agravante solidão

nos plurais de qualquer verbo

sou ovelha e sou leão

individuo errado ou certo

Dessa minha língua

Sou errante em gramática

Me dê alguns números

E lhe escrevo um texto em matemática

Sou nada, por um momento

Sou tudo, ao mesmo tempo

Revelando meus intuitos de loucura

Impulsionado em desejos e fissuras

Sou completo e complicado

Posso dizer que nunca conformado

Meu cárcere é meu corpo

Que por dentro revela-se um louco

Em túnel preso a escuridão

Sou refém!

Em meu limite chego além.

E num horizonte enxergo a luz

De um caminho que me conduz

E sutis rimas que me enobrece

Das lágrimas secas

Minha alma faz-se chorar

Lembranças frias e grotescas

Sou poeta e sou louco

E um espírito bem disposto

A caminhar com esse meu carma

Sendo o corpo cárcere de minha alma

Vida louca


A vida é louca

Prendo-me às ilusões,

ficções ou paixões inventadas

Valor espiritual ou valor material

Prazeres momentâneos

e lazeres instantâneos

chapo eu, por ser assim...

pensativo, ansioso,

esperançoso ou sonhador.

Viver cada momento

Um diferente sentimento,

Ódio, amor, raiva,

alegria com dor

eis aqui jogando

uma moeda para o alto

e deixar o tal destino

guiar com desatino minha vida,

louca vida de guerreiro

que aprendeu, nas mãos

de amor verdadeiro

balancear cada sentimento

e separar cada emoção

e no destino que foi lançado

vou viajar, sair desse mundo

quem sabe encontre

e ao voltar, conte pra todos

a emoção do paraíso

o prazer da liberdade, e

mesmo o pesadelo de um inferno

Mas eu volto

E pisando ao chão

Encontro-me longe, distante

De onde eu parei.

E duro é recomeçar do zero

Meu conhecimento e evolução

Pra depois descobri aonde errei...

Consumo daquilo que eu não sei.

Vida louca parceiro!

Vida longa guerreiro!

Av: Curió Diadema

Paradoxo da viagem

Andando de bicicleta, sinto-me livre.

Ainda mais quando estou entorpecido por um verdinho

e algumas cervejas bem geladas,

pra saciar o calor infernal do verão de Sampa.

Encontro-me no mesmo lugar,

onde ainda não sai,

mas há de acontecer!

De ir para bem longe,

no sentido do sem sentido,

no ir e vir, chegar e partir.

Nas pedaladas de bicicleta,

estou sorrindo e cantando

em uma alegria que não tem tamanho

com os braços abertos sem segurar o guidão

como se eu estivesse voando,

descendo uma ladeira qualquer da vila.

São poucos os detalhes,

mesmo porque, me parece tudo abstrato, utópico

sem motivos pra sorrir,

ou o sorriso é na verdade, porque estou aqui

mesmo assim, faz com que eu viaje sem sair do lugar

locomovendo-me pelas duas rodas

a qualquer ambiente que me levar

Alguns quilômetros percorridos,

E cadê qualquer novidade?

Todas as paisagens são as mesmas que sempre vi,

Coisas antigas que ainda não saíram daqui.

Aliás, eu acabo de lembrar

Que também não sai...

Viva La Revolución

As vielas escuras de São Paulo trazem-me lembranças desagradáveis.

Do medo nos olhos dos alheios, da sintonia negativa dos seres humanos,

Daqueles que se consideram humanos normais.

Quem é normal nesse umbral de idéias perversas?

Todos vivendo com sua loucura.

O que se considera normal é o mais louco de todos, puta anormalidade, vivendo instintivamente seus desejos de animalidade.

Os outros são todos aqueles e também sou o eu.

O espelho nos olhos dos semelhantes.

Embora assim como eu ignorantes.

Em meu percurso do dia a dia,

faço a cabeça com uma fumaça proibida,

apreciando um seco vinho tinto,

atinjo a mesma brisa que outrora busquei.

E dentro de um ônibus, lendo: “A veias abertas da América Latina” de Eduardo Galeano, me enraiveço cada vez mais, com os opressores. Esses sempre os mesmos; europeus e estadunidenses, que sempre se aproveitaram o máximo do povo, cuja pouca força de resistência deixou ser saqueados durante 500 anos, continuando o saque nos dias de hoje.

Como nas vielas escuras que presencio em Sampa, acredito que o medo, o negativismo e desesperança se impregnam nos olhos não só dos paulistanos, mas de todos os brasileiros, argentinos, chilenos, bolivianos, peruanos, paraguaios, nicaragüenses, hondurenhos, equatorianos, surinameses, venezuelanos, jamaicanos, mexicanos, panamenhos, uruguaios, guianeses, franco-guianeses, costa-riquenhos, dominicanos, antiguanos, porto-riquenhos, haitianos, cubanos, colombianos, bahamenses, barbadianos, belizenhos, granadinos, santa-lucenses, são-cristovenses, são - vicentinos, trinitinos e tobaguianos, bom acho que não me esqueci de ninguém, nesse continente oprimido, não importa o local, latino-americano, do centro ao sul e caribe, do deserto do México à Tierra del Fuego, todos nós sofremos com a cobiça excessiva dos poderosos opressores, saqueadores, assassinos e destruidores da pequena felicidade latino-americana.

Povos que sempre foram subjugados, explorados nessa terra de índios, os verdadeiros donos deste solo chamado continente Americano.

Loucos, loucos somos, louco haveremos de ser e ter pensamentos de liberdade, mesmo que para consegui-la tenhamos que pegar em armas, ir literalmente para o arrebento para conquistá-la, e mesmo se não conseguirmos como outros que já tentaram sem êxito com exceção do povo cubano, normal jamais seremos, pois, normal são os conformados.

Esses, mais loucos serão ou já são, porque esperam sentados e programados a ver tudo pela televisão...

América oprimida! Uni-vos...

Viva La Revolución.

África fuga


E alguns refugiados

Sob uma guerra envolvendo suas etnias.

São três da manhã...

Faz frio, um vento cortante

Castiga os rostos assustados,

Rostos negros que se identificavam

Com o breu da madrugada

Em costa atlântica gelada

Mais de três da manhã

De um dia...

Que vocês querem esquecer

E mesmo que sejam libertos

São roubados de seu próprio chão

A sua frente uma cerca ou muro, um oceano,

uma jornada para o desconhecido.

Atrás de vocês tudo!

Tudo que deixaram,

sem esperança de retorno.