quarta-feira, 2 de junho de 2010

Tomemos o poder de assalto!


Somos ao que eles chamam de ralé,

o que eles denominam de qualquer...

Qualquer número

Qualquer estatística

Qualquer senha

Qualquer sombra, plebe ou incompetência.

Ao longo da história, nós fomos os derrotados.

Os massacrados, os humilhados, os infortunados.

Nós, quem somos nós?

Somos em séculos, nesse grande solo chamado Brasil

Escravos tirados de seus espaços africanos

Somos os índios assassinados

Somos os imigrantes e descendentes deserdados

Somos os nordestinos que migraram para o sudeste

Em busca de melhorias de vida e um mínimo salário.

Somos os quilombos, os sem teto, os sem-terra

Mesmo que não aderimos a movimento organizado algum.

Somos os mendigos, moradores dos barracos,

dos CDHU´s afastados dos centros, somos os que lotamos os ônibus nas madrugadas

somos os que sobem e descem os morros.

Somos nós os favelados.

Somos a maioria, somos a parte segregada,

E vivemos lado a lado com a minoria privilegiada.

Somos seus subordinados, escravos por um mínimo salário.

Somos seus copeiros, seus seguranças,

seus empregados, seus operários, seus motoristas seus servidores,

seus legítimos pau-mandado.

Somos os coadjuvantes desse teatro social,

em que cada um abraça seu papel sem um mínimo questionamento.

Somos os representantes da massa,

nós somos a massa!

A mesma massa que eles dizem,

que não sabe votar, não sabe ler,escrever nem interpretar uma pequena frase.

Pois eles têm o poder de nos manipular com futebol,

Com as novelas, com a popularidade musical, um punhado de besteirol.

Não nos organizamos, nem nos mobilizamos, não reivindicamos nossos direitos.

E por isso somos os verdadeiros culpados,

aceitando tudo que nos indignamos calados.

E o que faremos?

Tomemos o poder de assalto!

Mostremos pra eles que a história mudou, não somos isso tudo.

Juntos somos o mundo!

Somos os pilares de sua riqueza doentia por acumulação.

Pois se não tiverem nós, eles não são o que são!

terça-feira, 18 de maio de 2010

O poder

O mar e a terra

O sol sobre o gigantesco céu

De que a vale vida?

Se não buscarmos os porquês.

Não os porquês respondidos,

por filósofos ou religiões místicas

Vida de irmãos que não entendem,

Conformando-se apenas em viver

Como sua cultura e sociedade permitem

Hoje em dia o tudo e o todo é muito difícil

A ganância do homem, “os donos do poder”,

Fecham-lhe os olhos,

deixando-os cegos ou não querendo ver.

Nem saber.

O poder corrompe, denigre, castiga,

Impõem, mata, mente, e ser for preciso

Torna-se “santo”, para melhor enganar,

destruir, limitar consciências,

que já nascem programadas a acreditar...

no poder.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

PERCEBI NO MUNDO


Percebi no mundo...

Que há pessoas de luz

Como há pessoas de trevas


Percebi no mundo...

Que na luz, há imperfeição.

Como na escuridão há pessoas sem mazelas.


Eu percebo e não ignoro.

Estou em meio a tudo isso, e

Há momentos que não agüento e choro.


Somos todos iguais,

Diferenças são apenas temporais.

Momentâneas por vezes desiguais.


Eu choro por estar em tudo isso,

E não ter uma ferramenta certa,

Para que possa trabalhar e tirar...

Companheiros, parceiros, irmãos,

Parentes, primos, vizinhos, amigos,

Colegas ou mesmo só um conhecido.

Porra!Eu mesmo.

Remove-los dos lodos e lamaçais,

Dessas trevas abismais...


Percebi no mundo...

Que qualquer lagrima,

derramada desse meu choro

covarde e sem atitude,

é um choro absurdo.


Percebo isso também no mundo...

Que tais lamentações, não auxiliam ninguém,

Embaixo desses viadutos.


Ações não são lamentações.

Nem a observação, daquilo que vemos de errado.

Ações são intervenções,

mesmo que seja uma simples palavra de agrado.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Em meio a pedras e concretos


Rios e céu no passado tão anis

De seus azuis naturais

O verde de florestas belas

Nos imensos horizontes tropicais

Não vejo mais!

Chega a noite e me entristeço

E não vejo as estrelas que costumava ver

Cadê a majestosa lua que vive a se esconder

Se bem que não é ela que se esconde.

Nosso devorador astro natural

Que consome as trevas

Iluminando nossa noturna terra.

É seqüestrado todas as noites

Tampando nossa contemplação.

Conseqüência da atmosfera cinzenta

De toda essa poluição.

Obra do idolatrado progresso tecnológico

Desenvolvendo, indústrias,

economias e agronegócio

Roubando e destruindo

os verdes purificadores florestais,

os mares e grandes rios que revitalizam

as variadas espécies existenciais.

Não se vêem mais amarelos das secas folhas

Que caem em gloriosas estações de outono

De chaminés fabris, veículos e queimadas de florestas

Se vêm aumentar o dióxido de carbono

São as principais causas

do global aquecimento

Reduzindo assim nossas vidas,

progresso e desenvolvimento.

Onde tudo fora lindo e natural

Hoje não há paz, nem beleza

Nesse mundo de momentânea

Satisfação consumista artificial.

O homem é seu próprio predador animal

Destruidor de grandes riquezas de modo irracional.

Rios grandiosos, nesse espaço territorial,

transformados em hidrelétricas, suprindo de energia

esse povo descomunal.

Povo que cresce dia após dia e negando de maneira contundente, o valor da natureza.

Não enxergam no verde, amarelo, azul e outras cores nativas seu poder e riqueza.

Extraindo, madeira, minérios, transpondo rios, construindo estradas, sumindo com as entranhas de nossas matas.

Nasci e vivo nessa imensa selva de pedra e concreto.

Porém sempre ouço ditado frondoso

Que mais são ensinamentos de amigo saudoso,

Caboclo Pena Branca de descendência da tribo dos Tupinambás

Das muitas terras que aqui passaram disso já ouvi falar.

Manifesta-se a defender,

reivindicando os interesses de nativos

e pelo verde combater, clama a Ogum e Oxossi em Humaitá,

e todas as entidades das matas recorre a avisar.

Alerta o desmatamento das florestas,

Do ar e a extração do sangue da mãe terra no mar.

Que acabam com ecossistema e biodiversidade em que tudo há.

Bom conversar, bom lembrar,

dos verdadeiros moradores destas bandas.

Eles sim a natureza sabiam respeitar.

Salve a todos os índios que nessa terra tiveram a honra de habitar e preservar.

Infelizmente a preservação da natureza virou burocracia e monopólio do Sistema, que mais reprime e segrega os verdadeiros donos

e agora poucos que restam nestas terras,

mas façamos nossa parte, pois o mínimo é a grande arte.

Em minha reflexão em meio a pedras e concretos.

sábado, 24 de abril de 2010

Salvem a Palestina


Sinopse do

Sionismo

Síntese do cinismo

Subjugando qualquer

Sincretismo

Simetria dos ismos

Sionismo, judaísmo, extremismo

Simboliza judia e extermina

Singulariza

Situacionismo de

Similares ações repressivas

Simpatia narcisista

Sentencial

Sessão de

Sentinelas

Sem

Sentimentos

Sitiando a inexistente

Soberania Palestina

Soberba

Sua

Supremacia de

Sentenciar

Sanguinários massacres

Simulando escolhidos ainda

Simulacro de nação

Sistematizando

Sinédrio

Sobrecarregando dor

Sionismo

Soez

Sintoma de

Síndrome

Sintetizando e

Simpatizando com a

Segregação

Sofismo antiquado

Sociedade

Sobretudo

Sem

Serenidade

Sobressaltados

São os Palestinos

Sem reação

Sujeitos em

Socorro

Sobrepujados o povo

Sofrimento das guerras

Sobressai esse

Sistema

Soer

Sofisticação do poder

Sanguinário, e eu

Soldado

Solidário com

Siso em

Salientar e

Solicitar

Salvem a Palestina.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Diálogo


Tudo bem, até existe algo em comum;

A vida até que é parecida,

Mas num to aqui pra defendê os comunista,

Menos ainda os capitalista,

Posso até tê umas idéia socialista,

Mas to cansado de discurso, sabe moço?

Ouvi falá até de revolução,

Mas o povo num tem feito nada;

Ai é querê colhe fruto de árvore que num foi plantada.

Já do outro lado a coisa tá difícil, mas tem muita gente que ainda dá risada,

Mas moço, como se ri da própria desgraça?

Isso também num tá certo não!

Eu to no meio de tudo isso, sabe moço?

Tentando fazê minha parte;

Talvez um dia alguém entenda minha arte e meu modo de vivê,

Mas sabe de uma coisa moço?

To preferindo ficá quietinho,

Observando tudinho,

Pra que possa ao invés de falá, fazê,

Pra ao invés de criticá, consegui somá,

Pra num vivê de discurso e me contradizê.

É meu Sr. de suas palavras,

Eu num discordo.

Aquilo que disse;

Muito me importo,

Mas veja

As atitudes?

Tu já tem tomado!

Sua arte e seu modo de vivê, são ações

Que pra você pode até não parecê!

E se alia a esses homi ai, que só qué o podê

É erro grave, e muita gente tem errado.

Erro em segui a idéia dos outros,

e seus interesse já pré-determinado.

E quando o povo fala em revolução meu Sr.

Tu ta certo!

Estão dando murro em ponta de faca.

Então continue observando tudinho, como eu também estou.

Não recrimino as diversas culturas do povo não,

E isso não é me contradizê,

Eu diria que é tenta entendê

o que tão querendo que a gente pense!

E observando o enredo dessa jogada,

To seguindo até discursando e debatendo,

Mas sem esquece de faze, de continua agindo.

Pra somá com aqueles que com esforço na mesma caminhada estão seguindo.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

(PROJECIONISMO)

Me ver sentar no fim de uma sala,

no chato de minha ignóbil consciência

na clareza de minha sólida ilusão,

penso eu, e faz logo a diferença

nessa chusma em comunhão.

Fazeis eu, certo?

E nos passos, de individuo errado?

Quanto embaraço!

Monótono meu dia a dia,

Meus problemas,

são meras conseqüências

de atitudes tomadas,

que por vezes cometo em vão.

Sem pensar, ou melhor, escolher e analisar,

Como seria eventual solução?

Idiota eu seria,

se não me alertar-me em socorro,

para minha própria proteção.

Apreciando-me nesse estado depressivo,

me refugiando no inconsciente,

em que busco um grito, surtado

e surdo ao pé de meu ouvido,

escuto sussurros

em emocionantes lamentações!

Vou chorar, mas

Lagrimas não escorrem,

nessa humilhante situação.