segunda-feira, 19 de abril de 2010

Viva La Revolución

As vielas escuras de São Paulo trazem-me lembranças desagradáveis.

Do medo nos olhos dos alheios, da sintonia negativa dos seres humanos,

Daqueles que se consideram humanos normais.

Quem é normal nesse umbral de idéias perversas?

Todos vivendo com sua loucura.

O que se considera normal é o mais louco de todos, puta anormalidade, vivendo instintivamente seus desejos de animalidade.

Os outros são todos aqueles e também sou o eu.

O espelho nos olhos dos semelhantes.

Embora assim como eu ignorantes.

Em meu percurso do dia a dia,

faço a cabeça com uma fumaça proibida,

apreciando um seco vinho tinto,

atinjo a mesma brisa que outrora busquei.

E dentro de um ônibus, lendo: “A veias abertas da América Latina” de Eduardo Galeano, me enraiveço cada vez mais, com os opressores. Esses sempre os mesmos; europeus e estadunidenses, que sempre se aproveitaram o máximo do povo, cuja pouca força de resistência deixou ser saqueados durante 500 anos, continuando o saque nos dias de hoje.

Como nas vielas escuras que presencio em Sampa, acredito que o medo, o negativismo e desesperança se impregnam nos olhos não só dos paulistanos, mas de todos os brasileiros, argentinos, chilenos, bolivianos, peruanos, paraguaios, nicaragüenses, hondurenhos, equatorianos, surinameses, venezuelanos, jamaicanos, mexicanos, panamenhos, uruguaios, guianeses, franco-guianeses, costa-riquenhos, dominicanos, antiguanos, porto-riquenhos, haitianos, cubanos, colombianos, bahamenses, barbadianos, belizenhos, granadinos, santa-lucenses, são-cristovenses, são - vicentinos, trinitinos e tobaguianos, bom acho que não me esqueci de ninguém, nesse continente oprimido, não importa o local, latino-americano, do centro ao sul e caribe, do deserto do México à Tierra del Fuego, todos nós sofremos com a cobiça excessiva dos poderosos opressores, saqueadores, assassinos e destruidores da pequena felicidade latino-americana.

Povos que sempre foram subjugados, explorados nessa terra de índios, os verdadeiros donos deste solo chamado continente Americano.

Loucos, loucos somos, louco haveremos de ser e ter pensamentos de liberdade, mesmo que para consegui-la tenhamos que pegar em armas, ir literalmente para o arrebento para conquistá-la, e mesmo se não conseguirmos como outros que já tentaram sem êxito com exceção do povo cubano, normal jamais seremos, pois, normal são os conformados.

Esses, mais loucos serão ou já são, porque esperam sentados e programados a ver tudo pela televisão...

América oprimida! Uni-vos...

Viva La Revolución.

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